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Os próceres da Bruzundanga devem ter ficado sabendo dessa estória de "fundo soberano" como eu, pelo noticiário. Trata-se de um instrumento utilizado por emirados petrolíferos e repúblicas escandinavas para evitar os efeitos cambiais de um superávit comercial constante. Nada parecido com o que temos por cá. Virou notícia porque algumas instituições internacionais estão preocupadas com o efeito de tais fundos no mercado. Deveriam ter deixado quieto, para não chamar a atenção. Agora, lula também quer um.
Henrique Meirelles chamou uma entrevista coletiva para dizer que não sabe como, para que nem com que dinheiro será constituído o tal fundo. Quando se trata de explicar à sociedade o porquê de algum empreendimento de finalidades vagas e custos bilionários, a resposta do governo é sempre um fátuo e sonoro "e por que não?".
Vide a tal TV pública. Se a imprensa e a oposição tiverem algum senso de oportunidade, vão chamar logo a traquinanha de "fundo do PT". E com razão. Vaticino já: o ufanista "fundo soberano" será instituído via MP, dotado de uma independência nos moldes daquela dada à ANAC, acompanhado da última jabuticaba petista: não será estatal, será público. Decerto terá um conselho gestor composto de "representantes da sociedade civil".
O problema mais óbvio é que o tal fundo acabará em descompasso com a política cambial do BC. Teremos duas políticas econômicas, uma "do governo", outra "da sociedade". Jabuticaba de novo.
O menos óbvio é que está em curso uma novíssima forma de estatização. A esquerdalha mais obtusa faz plebiscitos para reestatizar a vale. Os petistas mais pragmáticos, na surdina, lançam mão de mecanismos menos transparentes e mais livres de controles institucionais com a mesma finalidade. O monopólio do petróleo está sendo lentamente retomado pela Petrobrás. Os fundos de pensão em breve controlarão a super-tele (jabuticaba III), a ser criada por decreto. O fundo soberano terá identico fim, com ainda mais abrangência. Farão a reestatização, na lei ou no capital.
O resultado é que o governo poderá usar nosso dinheiro para agir no mercado sem controles democráticos. E, a depender da conformação do tal fundo, o PT continuará no controle, por procuração, mesmo depois de deixar o govero.
Os próceres da Bruzundanga devem ter ficado sabendo dessa estória de "fundo soberano" como eu, pelo noticiário. Trata-se de um instrumento utilizado por emirados petrolíferos e repúblicas escandinavas para evitar os efeitos cambiais de um superávit comercial constante. Nada parecido com o que temos por cá. Virou notícia porque algumas instituições internacionais estão preocupadas com o efeito de tais fundos no mercado. Deveriam ter deixado quieto, para não chamar a atenção. Agora, lula também quer um.
Henrique Meirelles chamou uma entrevista coletiva para dizer que não sabe como, para que nem com que dinheiro será constituído o tal fundo. Quando se trata de explicar à sociedade o porquê de algum empreendimento de finalidades vagas e custos bilionários, a resposta do governo é sempre um fátuo e sonoro "e por que não?".
Vide a tal TV pública. Se a imprensa e a oposição tiverem algum senso de oportunidade, vão chamar logo a traquinanha de "fundo do PT". E com razão. Vaticino já: o ufanista "fundo soberano" será instituído via MP, dotado de uma independência nos moldes daquela dada à ANAC, acompanhado da última jabuticaba petista: não será estatal, será público. Decerto terá um conselho gestor composto de "representantes da sociedade civil".
O problema mais óbvio é que o tal fundo acabará em descompasso com a política cambial do BC. Teremos duas políticas econômicas, uma "do governo", outra "da sociedade". Jabuticaba de novo.
O menos óbvio é que está em curso uma novíssima forma de estatização. A esquerdalha mais obtusa faz plebiscitos para reestatizar a vale. Os petistas mais pragmáticos, na surdina, lançam mão de mecanismos menos transparentes e mais livres de controles institucionais com a mesma finalidade. O monopólio do petróleo está sendo lentamente retomado pela Petrobrás. Os fundos de pensão em breve controlarão a super-tele (jabuticaba III), a ser criada por decreto. O fundo soberano terá identico fim, com ainda mais abrangência. Farão a reestatização, na lei ou no capital.
O resultado é que o governo poderá usar nosso dinheiro para agir no mercado sem controles democráticos. E, a depender da conformação do tal fundo, o PT continuará no controle, por procuração, mesmo depois de deixar o govero.
Um comentário:
"O Governo financiará o fundo soberano para apoiar a expansão internacional de suas empresas com os excedentes do superávit fiscal que usa para pagar a dívida externa, informou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega." (G1)
Superávit fiscal investido em estatal que atua na gringolândia depois de chororô por causa de CPMF.
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